Série especial – Dublin, história e arte: Oscar Wilde


                   Não poderia começar essa postagem de outra forma. Lendo um pouco sobre Oscar Wilde em sua biografia, pensei em guardar em segredo esse minha admiração por ele, pois em uma das páginas ele dizia: “Não sei explicar. Quando gosto imenso de uma pessoa, nunca digo a ninguém o seu nome. Seria como que entregar uma parte dela. Habituei-me a manter o segredo. Parece ser a única coisa que nos pode tornar a vida moderna misteriosa, ou maravilhosa. A coisa mais banal adquire encanto simplesmente quando não revelada. Quando me ausento da cidade, nunca digo aos da casa para onde vou. Perdia todo o prazer, se o fizesse. É um hábito tolo, confesso, mas, de certo modo, traz algum romantismo a nossa vida.”
                   Deixar isso em segredo seria egoísmo de minha parte. Então, resolvi compartilhar com vocês aqui no Dublin na Mala sobre a história e arte de Oscar Wilde.

                Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde, um dos maiores escritores de língua inglesa do século 19, tornou-se célebre pela sua obra e pela sua personalidade. Sofisticado, inteligente, dândi, adepto do esteticismo (da "arte pela arte"), escreveu contos ("O Crime de Lord Arthur Saville"), teatro ("O Leque de Lady Windermere"), ensaios ("A alma do homem sob o socialismo"), e romances ("O Retrato de Dorian Gray"). Oscar Wilde nasceu em 16 de outubro de 1854 em Dublin, Irlanda. Era filho de um médico, Sir William Wilde e de uma escritora, Jane Francesca Elgee, defensora do movimento da Independência Irlandesa. Desde criança Oscar Wilde esteve sempre rodeado por grandes intelectuais. Criado no protestantismo, destacou-se nos estudos das obras clássicas gregas e no conhecimento dos idiomas.
                  Foi educado na Trinity College, Dublin e mais tarde em Oxford. Lá ele recebe a influência de Walter Pater e da doutrina da "arte pela arte". Em 1879, vai para Londres, para estabelecer-se como líder do "movimento estético". Em 1881 é publicada uma coletânea de seus poemas. Em 1884, casa-se com a bela Constance Lloyd e tiveram 2 filhos: Cyril e Vyvyan.
                  Em 1891, lançou sua obra prima, "O Retrato de Dorian Gray", que retrata a decadência moral humana. No entanto, no seu apogeu literário, começaram a surgir os problemas pessoais. O que antes eram boatos, passaram a se concretizar, dando início á decadência pessoal do escritor. Apareceram rumores sobre sua homossexualidade, (severamente condenada por lei na Inglaterra na época). Anos depois Oscar foi preso com acusações de conduta homossexual e sentenciado a 2 anos de prisão com trabalhos forçados. Oscar Wilde morreu em 30 de novembro de 1990.
 
A estátua de Oscar Wilde fica na Merrion Square em Dublin.